segunda-feira, 16 de abril de 2012

Caetano






















Vamos ouvir Caetano até a banda passar
Com rebolados da bunda da preta gozadora 
Que não se cala e canta a música ao ver Tieta,
E canta intimando um grito ao pé da cama 
Embaraçando nas pétalas de uma Santa-Rosa
Trazendo bençãos de mãe menininha da Bahia.

Trouxeram suas bençãos dentro do coração
Quando a lua de Jorge fazia boa companhia 
a danada da preta que não se cala e continua
cantando no desejo de ter o pranto de Tieta
Na sua cama, enroscando seus cabelos na
sua mão gozando na pura poesia de ser mulher.

Se ela não te fizer mulher, preta,
O axé há de fazer
Se ela não te quiser enquanto mulher,
Seus dedos há de querer,
Se ela não te chupar,
Sua saliva há de chupar seu fruto
Se ela não te amar,
Não há de perder a fé.


O poeta não sabe quem é a Bahia,
Sem o som de Caetano, 
O poeta não sabe quais são 
Os direitos humanos [...]

[...] Na verdade, o poeta só sabe quem escreve as suas próprias poesias. 





Via do Pensamento, ás Palavras, de Tiago Correia.

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