domingo, 22 de abril de 2012

Respeito a Diversidade




ORIGINAL


Respeito a diversidade?

Muito se fala sobre o respeito as diferenças, mas pouco se sabe da correspondência desse discurso com a realidade. São promovidas ações para se promover e propagandear que o respeito existe e está sendo ampliado, mas não o verdadeiramente quanto.

Isso porque, mesmo que haja ações afirmativas em funcionamento, não se discute o quanto elas são afirmativas, mesmo quando elas funcionam a contento. Muitas delas, como a inclusão dos Estudos Africanos na grade escolar, por exemplo, foram legisladas mas não aplicadas.

Situações como essa fazem ver que ha uma tentativa de mostrar que a respeito, mas na prática isso não acontece como devia. Acontecem tentativas semi-precárias de integração, que não geram tão grandes efeitos, mesmo quando funcionam como planejado.

O chamado empoderamento, por exemplo, no que tange a dar cargos políticos a membros de grupos excluídos, muitas vezes ao invés de aumentar a participação desses grupos, tornam os membros favorecidos parte de outra classe, separada de suas raízes originais.

O verdadeiro respeito surgira, talvez, quando além de ações paliativas e de integração enviesada, houver uma genuína educação nesse sentido, o que não acontece atualmente, pois a tendência da sociedade de hoje, é mais a de separar as pessoas, ao invés de unir.

Aí sim, pode ser que se possa falar de que há respeito de verdade.



CORRIGIDA


Respeito a diversidade?

Fala-se bastante sobre o respeito as diferenças, mas pouco da correspondência entre discurso e realidade. São promovidas ações para propagandear que o respeito existe e está sendo ampliado, mas não quanto.

Mesmo com variadas ações afirmativas funcionando, não se discute o quanto elas são afirmativas, mesmo quando funcionam a contento. Muitas delas, como a inclusão dos Estudos Africanos na grade escolar, por exemplo, foram legisladas mas não aplicadas.

Tais situações levam a inferir que ha uma tentativa de mostrar que ha respeito, mas na prática isso não acontece como devia. Acontecem tentativas semi-precárias de integração, que não geram tão grandes efeitos, mesmo quando bem planejadas.

O chamado empoderamento, por exemplo, no que tange a dar cargos políticos a membros de grupos excluídos, tende ao invés de aumentar a participação desses grupos, a tornar os membros favorecidos parte de outra classe, separada de suas raízes originais.

O verdadeiro respeito surgira, talvez, quando além de ações paliativas e de integração enviesada, houver uma genuína educação nesse sentido, o que não acontece atualmente, pois a sociedade se encontra num processo de segmentação maior que o de homogeneização.

Aí sim, poderá se falar que há respeito de verdade.

Você já foi preso? Você já foi internado?



Sim, já fui preso sim. Internado não, porque eu não estava fazendo tratamento: estava cumprindo pena.
Eu fui detido várias vezes desde 2004 – em alguns anos mais de uma vez. A última vez foi no ano passado, em 2011, mas fui liberado na mesma noite.Eu cumpri as penas de privação de liberdade num manicômio judiciário, ali na Narandiba, também conhecido como Juliano Moreira.

O crime que eu cometi eles não divulgam, mas eu acredito que tenha sido pensar. Pensar é um crime hediondo! Está na Lei.Certa vez eu estava pensando tanto que estava fazendo muitas perguntas – e questionar é um atentado contra o Sistema, também está na Lei. Eu estava fazendo tantas perguntas que precisava ser contido.

Por isso meu pai parou o carro no estacionamento do Extra Paralela e tentou me segurar, mas ele é velho, sedentário e caquético – apesar de, agora, ele estar engordando muito -, então foi muito fácil dar um impulso pra trás e cair de costas em cima dele. Ele ficou inconsciente por alguns dias e, naquela hora, bastaria um chute na cabeça pra findar o coitado mas, como se diz por aí, “eu não esmago mosca morta”. Ou será “eu não chuto cachorro morto”? Tanto faz.

E os PsiCops nem demoraram muito pra chegar.O caso é que, se ele morresse, eu poderia até tentar alegar legítima defesa – afinal as câmeras de vigilância registram apenas imagens e não áudio, seria muito fácil dizer que eu me defendi porque ele estava me agarrando pelas costas – mas, como eu disse, ele já estava velho, caquético e sedentário. Assim, além de responder pela reincidência nos crimes anteriores (já citados acima) eu ainda responderia por homicídio culposo (aquele em que se assume o risco de matar).

Quando as infrações eram mais leves (eram sempre pensar e questionar, mas tomavam proporções menores), nesses casos a pena era de privação parcial de liberdade, que eu cumpria no CENA (serviço anexo ao Juliano Moreira) ou no que hoje se conhece como Serviços Substitutivos – ou, popularmente, CAPS.

O mais importante para voltar à liberdade, algumas vezes com bônus de redução da pena, é participar do programa de cobaias experimentando novas drogas das quais não se conhece os efeitos colaterias nem o sistema de ação.

Há alguns que, depois de experimentar algumas dessas drogas, sofrem lesões no cérebro que os torna incapazes de retomar as atividades normais na sociedade. Esses são conhecidos como “aposentados” ou, popularmente, “inválidos” ou “incapazes” mesmo (mas esses dois com sentido pejorativo).

Há outros ainda que sofrem reações tão fortes que não sobrevivem. Oficialmente são registrados como “suicidas” mas, em termos técnicos, chama-se isso de “hipersensibilidade”. Mas são casos raros: apenas 5 entre 7 de todos que usam as drogas.

*PsiCop -> Polícia Mental


Por Dwsz., do DONQQ.

O Poder da Cooperação