quarta-feira, 19 de março de 2014

Tradução: O Olho do Sapo

Traduzido e adapatado do livro traduzido anteriormente, páginas 62 e 63;

O Olho do Sapo
''Em 1959, com o objetivo de construir olhos biônicos, os cientistas do MIT Warren McCulloch, Humberto R. Maturana, e Walter H. Pitts, liderados pelo neurofisiologista Jerome Y. Lettvin, realizaram uma pesquisa sobre a visão do sapo e registraram suas descobertas no célebre ''What the Frog´s Eye Tells the Frog.''Os cientistas estudaram uma pequena parte do olho do olho do sapo e os sinais que eram enviados dos nervos para o cérebro. Objetos de variados formatos foram movidos na frente dos olhos do sapo para que suas reações pudessem ser medidas. Uma coisa muito notável pôde ser percebida. Se o borda plana de um objeto muito longo e fino fosse posta em frente ao olho, nenhum sinal era mandado ao cerebro. 

O sapo não o via. Mas se o mesmo objeto era posto em frente ao olho com uma dos cantos vindo primeiro, ao invés de uma borda direta, então havia uma reação e sinais eram enviados. Após experimentarem com objetos planos redondos de vários tamanhos, os homens perceberam que não havia reação quando o objeto era muito pequeno ou muito grande. Porém quando um objeto circular, percebido pelo sapo como uma mosca a distância de captura, aparecia, as células nervosas emitiam fortes sinais.

Em outras palavras, o olho do sapo possui um ''inseto-radar'' embutido que comunica quando possíveis presas estão próximas. Lettvin e seus colegas descobriram que aquilo que o sapo percebe de nosso mundo é muito limitado. Ele não vê- ou ao menos não se importa com- objetos que não são de certo formato ou tamanho. O resto do mundo não existe para o sapo, ou antes, nenhum sinal do mesmo lhe é mandado pelas células nervosas do olho. Alguém poderia apenas imaginar se os humanos possuem  limitações de semelhantes.''