domingo, 9 de setembro de 2012

O melhor pior dia de minha vida




Há alguns anos atrás, eu estava namorando uma mina com o qual comemorava o Dia dos Namorados e meu aniversário em sequência. (Eles são nos dias 12 e 14 de Julho, respectivamente).
Por causa disso, eu era de certa forma completamente reembolsado pelos chocolates e presentes comprados no dia 12, em três dias fora da escola na qual estudávamos, depois das aulas.

Tudo correu bem por um par de anos, até um grupo de colegas planejarem uma ovada que tinha a mim como alvo. Minha namorada me alertou, um pouco antes da última aula, não sabendo que eu já tinha consciência do plano, porém pensava que seria para outro cara com aniversário na semana, um dia depois do meu.

De fato era, mas ele deu um jeito de sumir da escola mais cedo após saber das más intenções que uns caras tinham para ele.  Não querendo estragar meu encontro de aniversário, falei para a garota me esperar no lugar habitual, enquanto eu tentava despistar meus ''matadores''.

Quando saí da escola, vi eles de longe, já me caçando na rua, e gritei para eles me pegarem. Corri virando uma esquina, deixando eles me verem, mas depois disso corri para o muro de um condomínio fechado, pulei e saí correndo por trás dos prédios, fora da vista da rua.

Enquanto eles tentavam sem sucesso me achar 100 metros adiante, eu pulava os prédios, muro por muro, emergindo perto da esquina aonde os enganara. Ali perto ficava o centro de convivência e o bloco comercial da rua, ocupado por alguns bares, aonde combinei com minha namorada.

Encontrei-a lá, e ela me disse que voltaria para a escola, pois achava melhor nos ficarmos lá. Tolamente, falei para ela esperar lá, mas eu ficaria e depois a chamaria de volta, após frustrar os caras de uma vez por todas.

Ela fez isso, balançando a cabeça, enquanto eu, confiando em meu taco, zoei os caras de novo, de longe, e depois me escondi deitado no muro baixo de outro bar próximo. O fato é que, ou minha mochila ficou para fora, ou porque os caras, me conhecendo, sabiam que eu seria tão arrogante a ponto de me esconder num lugar tão óbvio, me acharam logo, primeiro fingindo não ter me percebido pra poderem me zoar de volta.

Deitado no chão fiquei a mercê deles e de uma meia-dúzia de ovos comprados há pouco tempo numa mercearia local. Quando minha namorada voltou, ela mal aguentou me beijar, e fechando o nariz. Em casa, tive de lavar as roupas na mão, para não melar o resto das roupas da semana. O lado bom, é que por alguns dias, meu cabelo ficou mais brilhante e fácil de pentear.

Por Nicolas Oliver

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